35% das vendas de imóveis em Ribeirão são para região
Segundo levantamento do SindusCon, há cinco anos a participação regional nos negócios na cidade chegava a 20%
Ribeirão Preto
Do total de imóveis vendidos em
Ribeirão Preto e Bonfim Paulista, 35% são para investidores de fora. Ou seja: a
cada grupo de 10 casas, apartamentos de moradia ou salas para aluguel, 3,5 são
negociados junto a moradores em um raio de 120 quilômetros da cidade. Há casos
de investidores que residem em cidades de Minas Gerais a até 250 km de
Ribeirão.
Conforme projeção da regional do SindusCon, sindicato que
representa as construtoras, há cinco anos o investidor de fora representava 20%
do volume total de vendas de imóveis usados e novos em Ribeirão Preto.
O crescimento para 35% confirma a vocação de Ribeirão Preto como
polo regional, segundo o diretor regional da entidade, Eduardo Nogueira.
"O padrão de projetos urbanísticos de qualidade da cidade
gera ganho patrimonial e o investidor de fora sabe que isso representa
liquidez", avalia Nogueira, também diretor da incorporadora e
construtora Stéfani Nogueira, que tem entre os seus clientes muitos
investidores de fora.
A explicação está na
estabilidade econômica, que dá mais segurança para fazer negócios no longo
prazo, nagrande oferta de
crédito e na queda dos juros pagos para aplicações financeiras mais comuns como
caderneta de poupança e fundos de investimentos diretos como CDI.
Segundo Nogueira, o imóvel gera
rentabilidade periódica mensal e tem ainda a valorização do patrimônio.
Valorização
De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do
Estado de São Paulo (Creci-SP), a valorização de imóveis usados de julho
de 2008 para julho de 2012 em Ribeirão Preto foi de 78,7%.
O resultado supera em três vezes a valorização de mesmo período
de São José dos Campos, que teve avanço de 24,34% nos imóveis usados.
A pesquisa do Creci-SP mostra ainda que a variação dos imóveis
em Sorocaba, de julho de 2008 para julho de 2012, foi de negativos 26,8%.
O que acontece na cidade também tem influência. Ribeirão Preto é
um centro comercial com potencial para 3,5 milhões de consumidores.
O polo educacional conta pelo menos cinco grandes faculdades,
dentre elas a USP, e também referência em saúde com grandes hospitais e
clínicas especializadas.
Segundo o diretor regional do Creci-SP, Antonio Marcos Melo, a
tendência é de que se mantenha a procura de moradores de outras localidades por
causa da diversificação do mercado e da liquidez. "Quem compra para
alugar, mesmo que tenha gastos com condomínio e outras despesas até que o
imóvel seja ocupado, ganha na valorização", explica.
Segundo ele, geralmente este tipo de cliente, que investe
para alugar apartamentos e casas, já tem um negócio praticamente certo.
"Investidores de Franca compraram dois apartamentos para aluguel nas
proximidades da USP e já foram locados", exemplifica.
Marcelo Douglas
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